Formada pela Universidade de Pequim, que é uma das mais famosas da China, Luo já construiu uma carreira sólida na área de processamento de linguagem natural. Em um ano só, ela publicou oito artigos na Association for Computational Linguistics (ACL), que é tipo a maior organização do mundo focada em linguística computacional. Esse currículo chamou a atenção de empresas grandes, como Alibaba e Xiaomi.
No Alibaba, Luo fez parte da Damo Academy, o centro de pesquisa da empresa, onde ajudou a desenvolver um modelo multilíngue e contribuiu pra projetos de código aberto. Foi lá que ela aprimorou ainda mais suas habilidades em IA e viu como essas tecnologias podem ser aplicadas em produtos reais.
Em 2022, ela recebeu uma proposta da Xiaomi que valia uns US$ 10 milhões, mas decidiu seguir outro caminho. Saiu do Alibaba e foi pra DeepSeek, uma startup que tinha acabado de ser criada por Liang Wenfeng.
O Impacto de Luo Fuli na DeepSeek e o Boom da IA Chinesa
A DeepSeek foi fundada em 2023 e já chegou com tudo, focando no desenvolvimento de grandes modelos de linguagem (os famosos LLMs). A startup rapidamente ganhou destaque ao lançar sistemas que botaram pressão em gigantes como OpenAI e Google. E o mais impressionante: eles conseguiram fazer isso mesmo com as restrições dos EUA, que limitam a venda de chips de última geração pra empresas chinesas. Com um orçamento bem menor que o dos concorrentes, a DeepSeek criou modelos que competem de igual pra igual.
Um dos grandes marcos foi o lançamento do DeepSeek-V2, que em janeiro de 2025 superou o ChatGPT como o app gratuito mais baixado da App Store nos EUA. Esse feito deixou todo mundo de queixo caído e até mexeu com o mercado financeiro, derrubando as ações de algumas empresas americanas que investem pesado em IA.
A história de Luo Fuli e os avanços da DeepSeek mostram como a China tá se tornando uma potência na área de IA, dando um banho nos EUA. Com talentos como Luo e uma visão inovadora, a DeepSeek tá abrindo novos caminhos e mostrando que o futuro da IA pode ser bem diferente do que a gente imagina.
Que leitura excelente. Bom ver que a hegemonia dos EUA já não é mais a mesma. O melhor de tudo é ver que na "briga" das gigantes da IA estão aparecendo as mulheres.
ResponderExcluirShow de bola o artigo Daniel.
Sucesso.